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Freguesia ainda hoje considerada uma das mais ricas de todo o concelho de Portel, tem como principais atividades económicas a agricultura e a criação de gado
Breve História
Tudo indica que a atual freguesia de Monte do Trigo já constituísse, no século XIII, “um espaço importantíssimo e fundamental quer em termos da sua localização geográfica (como nó distribuidor da rede viária que servia a região)” quer em termos de recursos económicos, o que levou a que as terras de Monte do Trigo não fossem, desde logo, incluídas na doação efetuada por D. Afonso III a D. João de Aboim. O novo donatário de Portel, atraído pelos ricos “barros” de Monte do Trigo, conseguiu que em 1265 lhe fossem doadas várias terras por um casal proprietário. A partir dessa data o novo termo de Portel englobava também as ricas terras de Monte do Trigo.
Em 1283 era a herdade de Monte do Trigo propriedade da coroa, data em que D. Dinis a trocou pela Vila de Alvito, ficando então na propriedade do Mosteiro da Trindade de Santarém. No século XV, parte deste reguengo, foi doado à Condessa de Faro. Posteriormente toda a área, passou a ser património do padroado da Casa de Bragança.
Desconhece-se a origem toponímica desta Freguesia embora algumas referências apontem como possível causa, as excelentes colheitas de cereais, especialmente trigo, que aquelas terras produziam. O próprio Santo padroeiro S. Julião, Bispo de Cuenca, está ligado a vários milagres relacionados com o “matar a fome aos pobres recebendo para o efeito trigo das mãos de Deus”
A igreja primitiva de orago a S. Julião, “aparentemente de fundamentos quinhentistas, desapareceu por completo entre 1946/47, dando lugar ao atual templo, que se ergueu no mesmo sítio.”
A Freguesia de Monte do Trigo possui anexa a antiga Freguesia de Nossa Senhora da Assunção da Atalaia, cuja igreja paroquial se encontra, na atualidade, praticamente em ruínas.