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A medalha da vila de Portel foi criada para assinalar os 750 anos da fundação do castelo e do primeiro foral de Portel, um símbolo que evoca a memória histórica deste território de Portel.
Autor: José Teixeira (Escultor), Oficina de Domingos Guedes (fabricante de pratas grossas de Gondomar)
Anverso
O motivo central da medalha combina os cinco losangos, simbolicamente alusivos ao lugar de edificação, com o desenho da planta do castelo.
No canto superior esquerdo, está representado o símbolo homónimo que circunda o escudo das armas de D. Afonso III e no canto inferior esquerdo a era – 1261/2011 e a respetiva legenda – 750 Anos da Fundação do castelo, à direita, transcrita numa fonte que, visualmente remete para as inscrições epigráficas medievais.
O tom de prata polida(dourado na versão em bronze) sobre fundo negro (esmaltado), além de evocar a heráldica medieval, remete para a escolha do lugar e, para a presença de água no local da implantação.
Reverso
Estabelecida a relação entre os elementos líticos, encastrados na torre do castelo e os motivos dourados inscritos sobre o fundo dos quadrados vermelhos carmesim (alinhados sobre os extremos direito e esquerdo do escudo que encima o cofre relicário na Igreja de Vera Cruz), o símbolo emblemático “CI” (marca que corresponde à numeração do fólio no cartulário “Livro dos Bens de D. João de Portel” e representa em romano o número 101) reporta à carta de foral (canto superior direito). O sinal é acompanhado (canto superior esquerdo) pela respetiva legenda – Primeiro Foral de Portel – inscrita numa fonte que se assemelha à da paleografia documental. Abaixo (canto inferior esquerdo) o conjunto é rematado pelo escudo de armas de D. João Peres de Aboim.
A opção pelo ouro sobre fundo vermelho carmesim (esmaltado) além de recordar a heráldica medieval, pretende evocar a atmosfera cromática encontrada no cofre relicário de Ver Cruz.
Escala Intencionalidade e proporção
Tendo em mente uma certa articulação entre a geometria sagrada (heráldica pitagórica presente no espírito medieval)e a dimensão do tempo evocado), estabeleceu-se uma relação de setenta e cinco milímetros, para o lado do quadrado, como forma de fazer corresponder a grelha milimétrica do objeto, à alusão aos setecentos e cinquenta anos comemorados.
A forma quadrada encontra, ainda, outra justificação, na possibilidade da medalha poder ser lida como uma pequena caixa relicário que salvaguarda a memória do santo lenho (inscrita lateralmente) e permite albergar, no interior, os facsimile da carta de foral e da autorização da fundação do castelo de Portel.
D. João de Portel
(Terra da Nóbrega c. 1210 – entre 1284 e 1287)
Fundador de Portel. Ainda jovem D. João Peres de Aboim parte para terras de França integrado no séquito do infante D. Afonso, futuro Afonso III, onde permanece até ao regresso do infante a Portugal, em 1245. Com ele participa na luta pela expulsão de D. Sancho II(irmão de Afonso) do trono português e do próprio país. Casa em 1246 com D. Marinha Afonso, com quem vai ter dois filhos, D. Pedr’Eanes e D. Maria Anes.
Homem de toda a confiança do novo rei (…) e seu conselheiro, (…), D. João Peres vai conseguir ao longo da sua vida acumular um imenso património fundiário (e outro) e desempenhará (…) os mais altos cargos do Estado, como o de mordomo-mor. (…) em 1257 Afonso III leva o Concelho de Évora a ceder ao seu súbdito um extensíssimo herdamento que corresponde hoje a grande parte do território do Concelho de Portel (…) Depois em 1261, o rei vai conceder a João Peres licença para erigir castelo no território de Portel, cujos habitantes receberão do seu senhor no ano seguinte carta de foral.
Para além dos cargos que ocupou e da sua atividade guerreira, D. João Peres cultivou também a poesia, figurando entre os autores cujas composições foram recolhidas nos cancioneiros medievais. A documentação relativa às suas propriedades foi reunida no chamado Livro dos Bens de D. João de Portel, que a Câmara Municipal teve ocasião de reeditar em 2003.
Fernando António Almeida, Roteiro do Concelho – Portel, 2008
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